quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A criativa semente Russa

por Fernando Rodrigues Rangel

Ao caminhar por Moscou, próximo a estação de metro de Kurskaia, convivendo com vendedores de rua, moradores da cidade em suas vidas cotidianas, em um bairro industrial acinzentado e sério, você se depara com uma luz de cultura, vinda, de um centro contemporâneo de arte conhecido como Winzadov.
Surgiu após a Bienal de arte contemporânea de Moscou em 2005 e 2009, esse lugar é um dos coletivos artísticos criados com a intenção de revitalizar antigas fábricas inativas transformando-as em centro culturais.
Com a presença de um juventude criativa e moderna, estética pós-moderna, surge como uma esperança de reativar a criatividade russa. Perdida com o fim do regime comunista que resultou no fim das instituições criativas do Estado, outras foram privatizadas e entregues nas mãos de proprietários que não estavam interessados em investir nelas. Sem investimentos o setor cultural foi morrendo ao longo de décadas.
Os problemas não impediram o surgimento desses modernos e multifuncionais novos centros artisticos e culturais na Russia. Só em Moscou temos: o Vinzavod, o Artplay, o Garage, o Proekt Fabrika e o Flakon simbolizam a esperança de uma prospera industria cultural Russa.
Com espaços amplos de exposição e de mostras de artistas emergentes como: a anual Feira Estudantil de Artes, na Artplay, que apresenta o trabalho de estudantes e atrai o interesse de
proprietários de galerias, de especialistas em arte e da imprensa.
Somente, capacitar criadores modernos e competentes não é o bastante.
A sociedade russa deve ser inserida nesse processo a fim de criar uma demanda por esses novos produtos. É necessário doutrinar os hábitos e costumes das pessoas, formar novas opiniões. A arte contemporânea não acontece nem surge sozinha.
Esses centros são como uma semente criativa que abrira novamente para a Industria Cultural, uma Russia, que teve, principalmente com seu contrutivismo, um passado arstístico e de cultura glorioso.

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