quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Contemporâneo?!?

por Gabriela Miyasaka

Todo movimento surge com a desconstrução dos conceitos e sistemas construídos do movimento anterior, se desligando das idéias que o engessavam, adequando ao momento que a sociedade passa, se diferenciando de tudo o que veio antes dele.
Cada movimento reflete um pouco do que ocorria em sua época, o seu desenvolvimento e transformações ocorridos no campo tecnológico, na produção econômica, na cultura, na arte, na estrutura social, na vida política e cotidiana. 
 ‘Fountain’ – Marcel Duchamp
Mas o contemporâneo procura se diferenciar tanto que até o seu rompimento para sua geração se distingue das demais. Enquanto todos os movimentos procuram se diferenciar completamente de tudo o que o antecedeu, no contemporâneo não é mais obrigatório inovar nem ser original, mas muito pelo contrário, há o encorajando a repetição das formas, é o fim da proibição, à admissão de todo e qualquer produto. Não se apegando as formas de pinturas tradicionais, como o óleo sobre tela, mas também com qualquer material que estivesse disponível, levando a criação da arte conceitual e a arte performática, que ampliou o meio artístico incluindo além de objetos concretos, idéias e ações.
É o movimento seguinte ao modernismo que se desenvolve nos dias atuais, que além de críticos, sarcástico, mais racional do que emocional, valoriza mais a idéia e a diversidade do que o visual, alterando a forma de pensar da sociedade, gerando objetos sem função prática a sociedades, mas então porque criar tal produtos?!? A idéia é a resposta de tudo, a valorização de um conceito, geralmente uma crítica ao que ocorre um grito de expressão e revolta, sem censura, marcado pela liberdade, o diferencial, da troca de valores, do imediatismo, a busca da originalidade e de vontade de surpreender.


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