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Espremedor de laranja de Philippe Starck |
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Stefan Wewerka, cadiera de aula 1970 |
Eu diria que as duas coisas, não que eu não goste da minha cunhada, mas ela é de fato consumista para si mesma e murrinha para com os outros, porem não é ela que está em xeque por aqui, o que eu busco por em ênfase aqui seria o conceito do design e arte contemporânea que não é claro para o publico, e como eu já disse no inicio, para mim que tenho como modelo Da Vince e não Tomás Maldonado, fica meio difícil por que considero do que é produzido de arte e design contemporâneo 50% lixo, 25% é material reciclável (as vezes literalmente), 15% é funcional, 8% “legalzinho” e apenas 2% está ótimo, mas é aquele negócio, Van Gogh era tachado de maluco, hoje ele é um ícone do impressionismo, pra mim ele só foi mais uma vitima da falta de capacidade das pessoas de compreenderem e valorizarem um trabalho bem feito ao invés de ficarem admirando uma coisa mal feita, e sabem porque olham para a coisa mal feita? Porque está feia ora bolas, se tiver uma cadeira reta e uma torta numa sala você vai falar primeiro da torta, sabe por quê? É porque ela ta torta, não dá pra sentar! Quem em sã consciência ia desenvolver uma cadeira que não dá pra sentar? Werner Nehls criticava o funcionalismo dizendo que agora o design deveria ser orgânico, colorido, emotivo, irracional, feminino, não discordo dele, é uma boa critica e a cadeira de Stefan Wewerka é uma boa forma de criticar, mas se as pessoas não souberem ou não entenderem que essa cadeira “derretida” é uma critica, esses caras vão parecer para essas pessoas loucos assim como Van Gogh foi.
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Cartaz promocional revista tipográfica FUSE "umas das poucas peças contemporâneas que está na minha lista de aprovados" |
Mas hoje como tudo isso é normal basta dizer, “Ah! É Design/Arte Contemporânea”, como se isso significasse, “Ah! É para não fazer sentido” ou “Não isso ta certo, é para ser estranho assim mesmo”, mas dessa forma lá se vai o conceito para o ralo, pois as pessoas se quer vão se perguntam, porque está torto? Porque tantas manchas? Porque o cara escreveu com navalha num corpo nu? A critica se foi e ficou apenas a irreverência, que não tem valor algum sem ter o porque ser irreverente, mas não deveria a arte emocionar e o design tornar a vivencia mais fácil? É possível conciliar tudo isso e ainda sim tornar o objetivo, o conceito, mais claro para as pessoas, principalmente na sociedade de hoje onde a informação corre livre pela internet, basta apenas ir atrás, mas não são todos que param para analisar essas coisas, e isso ocorre tanto do lado dos designers, como do lado do publico.
Eu não gosto da arte contemporânea, principalmente porque virou moda explicar uma obra inexplicável apenas dizendo que é conceitual, muito cômodo não? Mas isso não significa que eu não reconheça que existem artistas conceituais bons, designes irreverentes coesos, objetos contemporâneos funcionais e peças complexas que possuem seu objetivo visível em sua composição, é tudo, ao meu ver, uma questão do artista ou designer se fazer entender e não força onde não é possível ser entendido, fazendo assim com que as pessoas apreciem sua obra não por conta do seu nome ou fama, mas por sua obra é boa.
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